quinta-feira, 5 de maio de 2011

ESQUELETOS NO ARMÁRIO


Por muito que façamos por esquecer, omitir, ocultar, sonegar ou adiar, os esqueletos que guardamos nos armários sempre acabam por encontrar as chaves para sair. Mas ainda há quem acredite o contrário e pense que é possível levar uma vida pacata com algumas ossadas nas mobílias lá de casa. Parece que é este o caso da Câmara Municipal de Campo Maior.
Recapitulemos: Nas passadas eleições autárquicas, a candidatura socialista lançou inúmeras promessas para todos os quadrantes. Era necessário amealhar o maior número de votos e as bocas dos responsáveis socialistas começaram a produzir promessas que iam desde uma monegasca Marina na Barragem do Caia, um Relvado novinho em folha para Degolados ou residências “chave na mão” para toda a etnia cigana que ocupa ilegalmente as Muralhas do Mártir Santos. Ou seja, um regabofe a que apenas faltou juntar a promessa de capturar vivo Osama Bin Laden ou organizar os próximos Jogos Olímpicos de Inverno.
Como os proprietários de iates não abundam por estas bandas e a malta da Direcção do clube de Degolados são amigalhaços do Partido, esses dois esqueletos permanecem firmes e hirtos no roupeiro lá de casa. Mas depois temos o Esqueleto Cigano, e esse é mais complicado de controlar. Para além da criminalidade que cada vez mais marca o dia-a-dia da vila, surgem rumores agora que parte dessa comunidade cigana ameaça as Festas das Flores pela demora da Câmara Municipal em entregar as chaves das vivendas.
Como se tudo isto não bastasse, aparece também a convocatória para uma manifestação de cariz manifestamente xenófobo contra a comunidade cigana. Não sei se na sexta-feira aparecerá alguém na referida manifestação, nem sei se a comunidade cigana perpetrará as suas ameaças. Apenas sei que os esqueletos sempre acabam por sair dos armários. Azar de quem lá os meteu.

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